Impacto das drogas no cérebro: como as substâncias afetam as funções cognitivas

O cérebro humano é uma máquina incrivelmente complexa, responsável por regular nossas funções vitais, emoções, comportamentos e habilidades cognitivas.

Quando consumimos substâncias psicoativas, como as drogas, esses processos podem ser profundamente alterados.

As drogas atuam no sistema nervoso central, modificando a forma como os neurotransmissores funcionam e, consequentemente, impactando a nossa percepção, memória, tomada de decisão e até mesmo o controle motor.

O impacto das drogas no cérebro varia de acordo com a substância, a quantidade consumida e a duração do uso.

Algumas substâncias, como o álcool, a maconha, as anfetaminas e as drogas mais pesadas, como a cocaína e as opiáceas, afetam diretamente áreas do cérebro envolvidas no prazer, no controle emocional e na memória.

Vamos entender agora como essas substâncias interferem nas funções cognitivas e comportamentais. Boa leitura!

Como as drogas afetam o cérebro?

O cérebro comunica-se por meio de sinais elétricos e químicos, transmitidos por meio dos neurotransmissores, que são substâncias responsáveis por levar mensagens entre os neurônios.

Quando uma droga é consumida, ela pode modificar a liberação ou a recepção desses neurotransmissores.

Por exemplo: a dopamina, neurotransmissor ligado ao prazer e à recompensa, pode ser liberada em grandes quantidades, o que causa uma sensação de euforia.

Impacto na memória e aprendizado

O uso de substâncias como o álcool e as drogas ilícitas pode prejudicar as funções de memória e aprendizado.

O álcool, por exemplo, interfere nas conexões entre os neurônios, dificultando o armazenamento de novas informações.

Em casos mais extremos, o abuso de substâncias pode levar à perda de memória permanente, danos cerebrais e comprometimento cognitivo a longo prazo.

Tomada de decisão e impulsividade


Drogas como a cocaína e as anfetaminas aumentam os níveis de dopamina no cérebro, o que pode levar a uma sensação de intensa euforia.

Porém, esses estímulos artificiais alteram a capacidade de tomada de decisão e aumentam o comportamento impulsivo.

O cérebro se torna mais propenso a priorizar gratificação imediata em detrimento de decisões mais equilibradas e conscientes, resultando em comportamentos de risco.

Controle emocional


Substâncias como a maconha e as drogas psicodélicas alteram a percepção emocional e a capacidade de lidar com o estresse.

Essas drogas afetam áreas do cérebro relacionadas à regulação emocional, como a amígdala e o córtex pré-frontal, o que pode resultar em mudanças no humor, ansiedade e dificuldade em lidar com situações cotidianas.

Coordenação motora


O uso de substâncias como a maconha e o álcool pode prejudicar a coordenação motora e o controle motor.

Isso ocorre porque essas substâncias afetam o funcionamento do cerebelo, uma área do cérebro responsável pelo equilíbrio e pela coordenação dos movimentos. 

Esse comprometimento motor pode resultar em dificuldades para realizar atividades simples, como caminhar ou dirigir.

Efeitos a longo prazo

O uso contínuo e o abuso de substâncias podem levar a danos permanentes nas funções cerebrais.

O cérebro pode se tornar menos eficiente na liberação de neurotransmissores, levando a uma diminuição do prazer e aumentando a necessidade de doses maiores da substância para alcançar os mesmos efeitos.

Esse fenômeno está relacionado ao processo de dependência, em que o cérebro se adapta à presença constante da droga.

Além disso, o uso excessivo de drogas pode reduzir a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de formar novas conexões e se adaptar a novas situações. 

Isso pode levar a déficits cognitivos irreversíveis, prejudicando a capacidade de aprender, resolver problemas e lidar com situações emocionais.

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As drogas têm um impacto profundo e abrangente no cérebro, afetando diretamente funções cognitivas como memória, aprendizado, tomada de decisão e controle emocional.

Se você conhece alguém que precisa de auxílio, ofereça apoio e encoraje a procurar ajuda profissional na Comunidade Terapêutica Nossa Senhora de Fátima. 

Por meio de consultas regulares com psicólogo e psiquiatra e participação em grupos de apoio, o indivíduo pode viver uma vida saudável longe da dependência.

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