Diferentemente do que muitas pessoas pensam, o cigarro eletrônico também faz muito mal à saúde. Usados como pretexto para quem quer parar de fumar ou considerado “mais saudável” por muitos, o vape está atraindo um público cada vez mais jovem.
De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a grande maioria dos usuários de cigarro eletrônico (cerca de 70%) têm idade entre 15 e 24 anos.
Apesar de terem a venda, a importação e a propaganda proibidas no Brasil, não é difícil encontrar uma galera com cigarro eletrônico na mão. A não regulamentação é outra questão que torna muito mais difícil o controle das substâncias que estão dentro do vape.
Mas, o que é que tem dentro do vape?
Muitas pessoas utilizam o vape com o pretexto de parar de fumar. Outras afirmam que trocaram o cigarro tradicional pelo eletrônico já que este último tem doses muito menores de nicotina. Mas, na prática, não é bem assim.
Supostamente, o cigarro eletrônico tem mesmo um nível menor de nicotina. Entretanto, ele contém cerca de 80 outras substâncias tóxicas em sua composição. Entre as mais conhecidas estão:
- Glicerina;
- Benzaldeído;
- Cinamaldeído;
- Diacetil;
- Nitrosaminas
- Propilenoglicol.
O pulmão é o único órgão prejudicado pelo vape?
Assim como acontece com o cigarro tradicional, o pulmão é o órgão mais afetado pelos usuários da versão eletrônica. Entretanto, outras partes do corpo também ficam suscetíveis a doenças graves.
Cérebro, cólon e coração são órgãos altamente prejudicados pelo uso do cigarro eletrônico. A utilização contínua está associada a:
- Maiores riscos de acidente vascular cerebral (AVC);
- Propensão à adição;
- Potencialização da depressão, síndrome do pânico, ansiedade e transtornos de humor;
- Maior risco de desenvolvimento de doenças gastrointestinais;
- Infecções no coração;
- Infarto.
Em uma entrevista concedida ao portal Drauzio Varella, a oncologista da Oncoclínicas e doutora em Cirurgia Torácica e Cardiovascular pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Mariana Laloni afirmou que o vape se mostra como um problema para as futuras gerações.
“Hoje, os vapes são a porta de entrada para o cigarro no caso dos jovens. O Brasil foi um país que teve sucesso no combate ao tabagismo, mas estamos vendo um perigo muito grande para as novas gerações”, alerta a dra. Mariana.